8 de novembro de 2008

Ele dissipou! Ele dissipou!

Agora sim a bagaça tá entrando no clima. (Bagaça = este blog). Ultimamente tenho pensado exatamente nesse fato. O blog tem essa proposta, ser um veículo de relax, para quem o faz e para que o lê.

Como estou (Estava! Estava! – pensamento positivo) ‘super-hiper-estressada’, questionei-me se isso aqui seria um local onde eu pudesse gritar, desabafar, falar ou protestar, como uma tribuna de debates, ou se eu deveria continuar fazendo o exercício de rir em momentos de desgraça, estresse, tragédia e tristeza. E ai eu me pego sendo o próprio ABSURDO! Se desde o começo a única regra era não ter regras, e que o objetivo maior é ter um espaço aberto pro que der e vier, então eu posso fazer o que quiser! Rir ou chorar! Tá certo, sempre prefiro rir do que sentir qualquer outro sentimento que me coloque pra baixo. (Sentir sentimento é redundante, não façam isso em casa).

Sempre que leio os artigos do Adi, vejo o quanto ele escreve bem, jornalisticamente falando. E percebo o quanto não tenho essa tendência. E me sinto uma péssima jornalista. Não, não é isso. Não me sinto péssima, não há essa sensação rolando. Então vou corrigir meu texto: percebo que não sou tão jornalista assim. Fico pensando se eu tivesse continuado como repórter, redatora, editora, como estaria meu texto hoje? Eu amava ser repórter, principalmente porque não há rotina, cada dia é muito diferente do outro, pessoas para serem desvendadas, textos para serem melhorados, procurar melhores ângulos para fotos, desenvolver pautas interessantes, pensar na diagramação...

Bom, pra variar, perdi o fio da meada... o que eu queria dizer é que o estilo de texto do Adi é sempre jornalístico, até quando ele dissipa o estresse e xinga todo mundo. Até assim é bem escrito, e o final sempre surpreende, agrada. Mas isso eu já disse pra ele. Acredito que seja sua marca registrada como jornalista.

E já que estou escrevendo como “réplica” do post do Adi, eu quero dizer que é uma merda quando um amigo (??) sabe que você está precisando de grana e te oferece algo que sabe que não tem nada a ver com você, ou que já está claro que não rola mais, ou que você detesta, enfim. Por isso coloquei as interrogações, porque o fulano que te oferece trabalho/emprego/bico assim, tá de sacanagem contigo.

Ah, nesse aspecto eu estou péssima! Estou naquela fase que de não acreditar no ser humano, de que todo mundo é filho da puta (eu sei que não, mas...será?) e que a ganância das pessoas as transformam em carrascos.

Como a FALTA DE AMOR AO PRÓXIMO (no sentido mais puro da questão, sem ser cristão) faz rolar coisas tão ruins na humanidade.

Eu já não estou mais tão triste. Estou com raiva, revoltada, irada. E cansada dos dois assuntos que fizeram a minha última semana parecer que se passaram meses. E foi ai que também me identifiquei com o texto do Adi, quando ele fala “Estresse é um negócio que também deixa a gente perdido. Você fica meio atordoado, sem saber por onde (re)começar”.

E é essa a questão, o recomeço. Nunca tive medo de recomeçar, e olha que já foram inúmeros recomeços. Também concordo plenamente que o meu “desemprego” é sinal de uma ótima mudança na minha vida, e que algo MUUUUUUITO melhor vai acontecer. Mas o meu estresse não é com o ficar sem trampo da noite pro dia, é sim pela putaria geral que aconteceu. Vivenciar algo que a gente só vê na tv e pensa que só acontece com os outros, que estamos imunes, é foda.

Ah, você que está lendo não tá entendendo nada? Leia sobre “Operação Parasita”. Por causa da FALTA DE AMOR AO PRÓXIMO, um filho da puta coloca na rua por volta de 700 pessoas sem receberem ao menos o salário.

Além dos parasitas, a semana foi arrebatadora por causa de um protozoário filho da puta, que causa a Leishmaniose. Por causa da FALTA DE AMOR AO PRÓXIMO de uma puta que se diz criadora de cães (homenagem a ela), fui obrigada a realizar eutanásia na Jolie, minha pointer de 8 meses, que nos deu o prazer de sua presença por menos de dois meses.

É, eu acho mesmo que tava precisando desse desabafo público. E aproveitando essa “tribuna do desabafo”, quero dizer que sou privilegiada e feliz, porque honestidade, caráter e respeito ao próximo é algo que se aprende em casa, desde pequeno. Eu aprendi. E na vida adulta proporciona deliciosas noites de sono tranqüilo: na minha casa, na minha cama, com o meu travesseiro e o meu marido. Enquanto eles estão na cadeia. Durmam bem.

3 estressados(as):

jhulyjohns disse...

Ih... A nuvem negra está na tua cabeça também? Que merda!

Olavo disse...

rsrs eu estava lendo seu post agora..quando vc acabou de comentar no meu rsr..
Meu..fez bem em "colocar para fora" ..muito bom isso..to precisando e muito rs.
bjs

Afrodite disse...

A melhor coisa é desabafar...nos sentimos mais leves,não é?
Espero que vc esteja melhor...
Bjo!